Juízo #1: newsletter, genealogia e um seriado.
– Eu acho que vou escrever uma newsletter!
Eu disse isso há mais de um ano e não fiz nada ainda, então talvez esteja na hora.
Por que newsletter? Porque muita gente de quem gosto tá fazendo, porque é refrescante conseguir escrever um texto mais longo sem a barulheira das redes sociais, porque eu posso dizer o que quiser sem medo da turba ensandecida em ano de eleição.
Cá estou.

Genealojinha ou "o que aprendi trabalhando de graça"
Depois de pesquisar minha própria genealogia por duas décadas, há alguns meses comecei a me oferecer para fazer o esboço da árvore genealógica de outras pessoas gratuitamente.
Tem sido um aprendizado e tanto.
Minha primeira vitória foi estabelecer que as pessoas interessadas – amigas próximas e distantes, conhecidas do Twitter, amigas de amigas – teriam que disponibilizar os dados iniciais em um formato específico, um Google doc compartilhado. Parece bobagem, mas para uma pessoa que cresceu doida pra fazer favor que ninguém pediu, isso já é um limite importante. Me libera de correr atrás da pessoa para conseguir dados e de ficar catando fragmento de informação no WhatsApp.
Ao mesmo tempo, continuo com a pesquisa da minha família e bem ativa lá no FamilySearch, o site que uso para as pesquisas. Ajudo outras pessoas pesquisadoras no que posso… se elas pedirem. E dizer "vamos trocar dados sobre a nossa família" só para obter os dados que eu já tenho não é pedir. Segunda vitória do limite! Uruuu!
Tem sido bacana receber as variadas reações das pessoas, desde "minha mãe chorou de emoção ao ver o resultado da pesquisa" até "nossa, que esquisito". Tem também o "você devia cobrar pra fazer isso", mas tenho certeza de que se cobrar deixa de ser tão divertido. Sigo assim por enquanto.
A televisão de quem não tem tevê
– Heloística, você é uma iludida.
Bruno me mandou essa real porque falo aos quatro ventos que não tenho tv, mas tenho assistido infinitos seriados. O segundo monitor permite que eu veja algo ao mesmo tempo que navego online, na mesmíssima posição em que trabalho o dia todo. Que relaxante.
Please Like Me foi uma das últimas séries que vi, já meio antiguinha e encerrada depois de quatro temporadas. O personagem principal é um jovem gay que está descobrindo a própria sexualidade depois dos vinte anos e tem que cuidar da mãe bipolar. Uma delícia, engraçada e tocante, embora não seja possível gostar dele o tempo todo. Recomendo.
Pra onde vamos
A pandemia desregulou minha bateria social e eu não estou mais tão expansiva para procurar as pessoas com a frequência que gostaria. Mas se você quiser responder a esta newsletter pra bater um papo eu vou curtir!
Até a próxima!